Amizade com Deus e entre pessoas humanas

Mons. Duarte da Cunha

Paróquia de Santa Joana Princesa, Lisboa

Tal como os Antigos, também os nossos contemporâneos reconhecem a amizade como algo de fundamental na vida humana. Mas, apesar de todos concordarem na importância da amizade, nem todos falam dela do mesmo modo. Através de São Tomás, é possível termos uma síntese do que os antigos disseram e do que a fé cristã ensina. Esta síntese torna-se de enorme actualidade e grande utilidade para os nossos tempos.

Perceber o que São Tomás ensina sobre a amizade ajudará a purificar muitos conceitos limitados ou parcelares de amizade humana. Além disso, com o Santo Doutor chegamos à ousadia e maravilha que está presente no facto de nos podermos considerar amigos de Deus. Ou seja, podemos estar unidos a Deus de modo semelhante ao que temos entre amigos humanos: por meio de uma reciprocidade de amor que se realiza numa união real de vida.

Mons. Duarte da Cunha, Sacerdote deste 1993, foi pároco em Lisboa de S. Vicente de Fora (1998-2000) e de Nossa Senhora do Carmo do Alto Lumiar (2000-2008). Assistente do Secretariado da Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa de 19997 a 2007 e director do Instituto de Ciências da Família da Universidade Católica Portuguesa de 2001 a 2005. Em 1998 defendeu a tese de doutoramento em Teologia com o título “A amizade segundo S. Tomás de Aquino” na Universidade Gregoriana (Roma). De 2008 a 2018 foi Secretario Geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. Actualmente é pároco de Santa Joana Princesa, Lisboa e assistente do Serviço da pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa.

Entre as publicações, além de diversos artigos publicou: a tese de doutoramento: “A Amizade segundo São Tomás de Aquino” (Principia 2000); “Só o Amor gera vida. Pessoa, Família e Sociedade” (Paulus 2015); “Desejo e Encontro. Entrar e avançar na aventura da fé” (Lucerna 2018). Foi co-editor com João César das Neves da edição portuguesa dos sermões de São Tomás sobre o Credo, o Pai Nosso e a Ave Maria: “Luz da Fé” (Verbo 2002 e nova edição com Lucerna 2019). Coordenou, juntamente com João Seabra e João Vergamota, “Firmes na Esperança, reflexões cristãs em tempo de pandemia.” (Lucerna 2021).

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